terça-feira, 21 de outubro de 2008

Bancos Mundiais Perdem 1/3 do seu Valor de Mercado

Perdas do setor tiveram início em 2007, diz BCG.

O setor bancário mundial perdeu quase um terço de seu valor de mercado desde o início do ano, segundo atualização de relatório feito pela consultoria norte-americana The Boston Consulting Group (BCG). Segundo o levantamento, a capitalização da indústria bancária global caiu de US$ 8,3 trilhões, no final de 2007, para US$ 5,7 trilhões, no final do terceiro trimestre de 2008.

De acordo com a consultoria, após um prolongado período de forte crescimento, a indústria bancária global vem experimentando uma acentuada queda em valor de mercado. “A crise eliminou praticamente três anos de crescimento na capitalização do mercado. O valor de mercado da indústria bancária neste momento é próximo ao que era no final de 2005”, diz Lars-Uwe Luther, co-autor do estudo.

A retração do setor começou em 2007, aponta o BCG. Na segunda metade do ano passado, os bancos perderam US$ 269 bilhões em valor de mercado.

A crise também altera o ranking dos maiores bancos mundiais em valor de mercado. Segundo o BCG, três bancos canadenses subiram mais de 12 posições no ranking dos 30 maiores desde o final de 2007. Duas instituições norte-americanas, JP Morgan Chase e Wells Fargo, tiveram os maiores ganhos entre os dez maiores bancos, subindo quatro e cinco posições, respectivamente.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Carro com mais de 1 MILHÃO em Multas

Um carro que vale pouco mais de R$ 8 mil acumula quase R$ 1,1 milhão em multas no Paraná. A polícia ainda não conseguiu encontrar o responsável por tantas infrações de trânsito. Nos registros do Detran, o carro pertence a uma revenda de automóveis de Curitiba. Porém, o gerente da empresa afirma que o veículo, ano 1993, nunca passou pela loja.

“Consta que a venda para a empresa foi feita em 1994, mas nossa empresa só foi aberta em 1995”, explica o gerente César Maciel.

A maioria das multas é por excesso de velocidade e estacionamento em local proibido. No extrato de débitos do veículo aparece também IPVAs, licenciamentos e seguros obrigatórios que não são pagos desde 2001.

De acordo com o coordenador de veículos do Detran, Cícero da Silva, a transferência para a empresa foi feita através de uma escritura pública registrada em cartório. “Não temos como checar as informações, se a empresa existia ou não. Nós aceitamos a escritura pública registrada em cartório”, afirma Silva.

Nas fotos das multas, a pessoa que aparece dirigindo o automóvel é um homem que estaria com uma farda da Polícia Militar do Paraná.

A Polícia Militar informou que está investigando o caso, porém, afirma que pelas fotos não é possível garantir que o motorista está usando uma farda da corporação.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alta Cúpula Europeia Não Acalma as Preocupações!

O governo alemão agiu para salvar todas as economias do setor privado do país no domingo, esperando dar confiança aos investidores que ficaram incertos quando a tentativa de resgate de uma grande financiadora alemã e uma companhia financeira europeia falharam.

No final do dia foi anunciado que novos resgates foram colocados em prática para as companhias, a Hypo Real Estate, financiadora alemã, e a Fortis, uma grande companhia financeira baseada na Bélgica mas presente em todo o continente.

A situação acontece dias depois que o Congresso americano aprovou um plano de resgate de US$700 bilhões que os responsáveis esperavam que acalmaria os mercados financeiros de todo o mundo.

A medida aconteceu enquanto reguladores federais tentavam resolver uma disputa de compra nos Estados Unidos que poderia deixar os investidores incertos. Audiências aconteceram numa corte de Nova York no domingo a respeito dos esforços do Citigroup e do Wells Fargo em comprar o Wachovia, um grande banco que quase chegou à falência há uma semana.

Na Europa, enquanto isso, a crise parecia ser a mais séria a atingir o continente desde que a moeda comum, o euro, foi criada em 1999. Jean Pisani-Ferry, diretor do grupo de pesquisas Bruegel, de Bruxelas, afirmou que a Europa enfrentou "sua primeira crise financeira real e não foi uma crise qualquer. Foi uma crise grande".

O Banco Central Europeu emprestou dinheiro aos bancos agressivamente conforme a crise se desenvolveu. Ele resistiu em baixar os índices de juros, mas demonstrou na quinta-feira que poderia fazer isso em breve.

O extra, destinado a garantir que os bancos tenham acesso adequado a dinheiro, não assegurou os investidores e os mercados de ações europeus reagiram de forma pior do que os americanos.

Na Islândia, as autoridades do governo e chefes de bancos debatiam a possibilidade de um plano de resgate para os bancos comerciais do país.

Em Berlim, a chanceler Angela Merkel e seu ministro das finanças, Peer Steinbrueck, apareceram na televisão para prometer que todos os depósitos bancários serão protegidos, apesar de não estar claro se precisarão de uma lei para levar essa promessa adiante.

Os eventos em Berlim e Bruxelas ressaltaram uma falha na postura "caso-a-caso" adotada pela Europa na tentativa de restaurar a confiança ao setor financeiro do continente, cada vez mais fragilizado. Uma cúpula europeia realizada na noite de sábado não ajudou a acalmar as preocupações.