quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Desemprego no BRASIL é o menor desde 1998

A taxa de desemprego total nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade/Dieese diminuiu de 14,1%, em setembro, para 13,4%. Essa é a menor taxa para o mês de outubro desde 1998, segundo dados divulgados nesta quarta-feira. Os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego foram divulgados nesta quarta-feira.

Na maioria das regiões pesquisadas houve recuo na taxa de desemprego. As exceções são para o Distrito Federal, onde o índice se manteve estável, e em Salvador, que teve aumento.

O contingente de desempregados foi estimado em 2.698 mil pessoas, 141 mil a menos do que no mês anterior.

O destaque da pesquisa fica para a região metropolitana de São Paulo, que apresentou a menor taxa de desemprego para o mês de outubro desde 1992. O índice passou de 13,5% em setembro para 12,5% em outubro.

O número de desempregados foi estimado em 1.317 mil pessoas, 108 mil a menos do que no mês anterior. Esse movimento resultou da criação de 87 mil ocupações e da saída de 21 mil pessoas do mercado de trabalho, segundo a pesquisa Seade/Dieese.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal.

Já na vizinha Argentina...
Acontece a menor geração de empregos, que está contribuindo para o incremento da pobreza, que atualmente registra níveis quase iguais aos da histórica crise de 2001. Em 2001, o país registrou 11,8 milhões de pobres e agora, segundo dados de três consultorias privadas, a pobreza atinge 11,5 milhões de argentinos entre os cerca de 40 milhões de habitantes do país.

Após a forte queda nos índices de pobreza a partir de 2003, o número de pobres subiu entre o ano passado e este ano, devido à alta da inflação. Mas agora o problema é a falta de criação de postos de trabalho e a perspectiva de que a situação possa se agravar no ano que vem.

domingo, 23 de novembro de 2008

Endividamento do brasileiro cresceu quase 70% e aponta risco de aumento de inadimplência

Endividamento cresceu 70% em quatro anos e aponta risco de aumento da inadimplência das pessoas físicas e a dívida do consumidor brasileiro já é de dez meses de salário.

Em quatro anos, o endividamento do brasileiro cresceu quase 70% na relação com o número de salários recebidos. Entre cheque especial, cartão de crédito, financiamento de veículos, crédito pessoal e empréstimos imobiliários com recursos livres, o consumidor devia dez meses de salário em setembro. Em 2004, a dívida correspondia a 5,9 meses de salário.

Os cálculos são do consultor para o sistema financeiro e economista pela Universidade de Brasília, Humberto Veiga. Para chegar a esses números, ele considerou a evolução da massa de salários com base nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seis regiões metropolitanas e o montante de crédito concedido ao consumidor.

Segundo o economista, esse descompasso entre o crescimento da dívida e da renda dos trabalhadores faz crescer o risco de inadimplência, especialmente agora que o cenário de desaceleração da economia começa a ganhar contornos mais nítidos e poderá ter impactos no nível de emprego.

Embora as estatísticas mais recentes do Banco Central, que são de setembro, mostrem uma certa estabilidade na inadimplência em geral das pessoas físicas, dados do comércio de São Paulo revelam que o calote aumentou em outubro. A inadimplência líquida, que é o saldo dos carnês em atraso acima de 30 dias com os renegociados, em relação às vendas de quatro meses anteriores, que estava em 5,9%, subiu para 7% em outubro, segundo as contas da RC Consultores, com base nas estatísticas da Associação Comercial de São Paulo.

"Houve uma piora do ambiente do consumidor exatamente quando a economia começa a desacelerar", diz o sócio-diretor da RC Consultores, Fabio Silveira. Além do aumento da inadimplência líquida, ele ressalta que houve aumento de 26%, em setembro, para 31%, em outubro, dos consumidores com contas em atraso que não acreditam que conseguirão pagar as dívidas, de acordo com a pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio).

Também o comprometimento da renda dos endividados aumentou de 34% para 36% de setembro para outubro, segundo informações da mesma entidade. Na análise de Silveira, as informações da Grande São Paulo são um indicador antecedente relevante do que está ocorrendo no restante do País, pois a região é o principal mercado consumidor.

"Hoje existe uma superposição de endividamento do consumidor e o calote não reflete a crise. O quadro da inadimplência deverá piorar nos próximos meses", prevê o economista. Ele ressalta que, com o desaquecimento da produção industrial que deve crescer no ano que vem 3%, a metade do previsto para 2008, a tendência será de perda de dinamismo no emprego e na geração de renda advinda da atividade.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Garoto de 12 anos morre depois de exagerar em desodorante

Um garoto britânico de 12 anos morreu de arritmia cardíaca depois de exagerar na aplicação de desodorante dentro do banheiro de sua casa. Daniel Hurley desmaiou devido ao excesso de solvente e morreu cinco dias depois no hospital.

Daniel havia inalado o desodorante Lynx Vice, comum no país. A embalagem traz um aviso contra o uso excessivo do produto e diz que o desodorante deve ser usado em locais bem ventilados.

O garoto, de Sandiacre, Derbyshire, na Inglaterra, foi encontrado pelo pai, Robert Hurley, desmaiado no banheiro, segundo o inquérito do legista, concluído na quinta-feira.

Segundo o pai, Daniel gostava de usar gel e desodorante e costumava borrifar também suas roupas.

O médico Andrew Hitchcock, que examinou Daniel, disse que não havia evidência de que ele havia usado álcool ou algum tipo de droga, e o legista Robert Hunter registrou um veredicto de morte acidental.

O legista se disse satisfeito com o nível de alerta que a Unilever, empresa que produz o desodorante Lynx Vice, fornece na embalagem do produto. E afirmou que as pessoas devem ler embalagens e conhecer os riscos dos produtos que usam.

O que é um solvente?
É uma substância capaz de dissolver um corpo e que serve geralmente de diluente ou de desengordurante. O solvente mais conhecido e usado no mundo é a água.

O que é arritmia?
Arritmia é um ritmo anormal dos batimentos cardíacos. Pode ser sentido como uma pausa temporária, muito breve, a ponto de não ser sequer percebida. Ou ainda, o coração pode bater muito lentamente ou muito rapidamente (bradicardia e taquicardia respectivamente). Arritmias podem não causar sintomas, mas às vezes podem levar a desmaios ou tonturas.

Existem dois tipos básicos de arritmias. Bradicardia é quando o coração bate a menos de 60 batimentos por minuto. Taquicardia é quando são mais de 100 batimentos por minuto.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

MEC manda fechar 1.337 pólos de ensino a distância

O Ministério da Educação determinou o fechamento de 1.337 centros presenciais de cursos de educação a distância.

A medida atinge quatro instituições: Unopar (Universidade Norte do Paraná), Fael (Faculdade Educacional da Lapa), Uniasselvi (Centro Universitário Leonardo da Vinci, em Santa Catarina) e Unitins (Fundação Universidade do Tocantins), como antecipou ontem "O Globo".

Os centros de ensino eram pólos presenciais de educação a distância não credenciados pelo MEC, que, segundo o secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, estavam "muito abaixo da crítica".

Entre as medidas que as instituições terão de tomar estão a redução das vagas, a transferência de alunos para pólos credenciados pelo MEC e o fechamento de centros.

A Unopar afirmou, por meio de nota, que não teve redução de vagas. Não é, porém, o que diz trecho do termo de compromisso assinado entre o ministério e a universidade. A pasta diz que, somente se forem verificadas as melhorias acordadas, a Unopar poderá abrir novo vestibular.

A Unitins disse que "a supervisão do MEC (...) redundará em mais melhorias" para os cursos.

A Uniasselvi afirmou que todas as exigências do MEC "serão realizadas pela instituição no próximo ano, como a implantação de melhorias nos pólos". A Fael disse que irá se adaptar às condições do MEC.

EAD CRESCE 270% NO BRASIL:

Em cinco anos houve um aumento de 270% na procura por cursos não-presenciais (os chamados a distância) para formação de professores no Brasil. No mesmo período, o aumento de matrículas em cursos presenciais foi de 17%.

Os dados foram tabulados com base no Censo da Educação Superior por Jaime Giolo, ex-diretor do Inep (instituto de estudos do MEC) e docente da Universidade de Passo Fundo-RS.

O Ministério da Educação avalia que existe um déficit de 246 mil docentes no país.