Menos qualificados lideram reajuste salarial

Das 10 áreas de atuação consideradas pela pesquisa Bolsa de Salários do Datafolha em 2008, 9 tiveram entre os cargos com maior reajuste salarial ocupações para as quais o mercado não exige ensino superior.

O cargo com maior ganho, com 11,28% de reajuste no ano, foi o de técnico em radiologia hospitalar, liderando o grupo de ocupações de nível médio.

Em segundo lugar, com 9,61% de aumento, ficou a posição de fresador de ferramentaria meio-oficial, profissional que lida com máquina de corte. A carreira é do grupo de ocupações da produção.

Entre os cargos com maior ganho em seus grupos, o único para o qual o mercado exige diploma universitário é o de engenheiro civil sênior, que obteve 8,74% de aumento.

Segundo Roberto Gonzalez, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, um aumento mais substancial nos salários dos setores com menor qualificação era esperado.

"Isso acontece pelo efeito do aumento do salário mínimo. Outra explicação é que o aumento de vagas e a dificuldade de encontrar os profissionais fizeram com que as empresas aumentassem os salários."

Na média, o trabalhador da Grande São Paulo, área em que o levantamento é feito, teve aumento de 7,15%. A inflação acumulada apurada pelo IPC-Fipe, da Fundação Getulio Vargas, foi de 6,16%. O aumento real médio, portanto, foi de 0,99 ponto percentual.

Entre os 10 grupos de ocupações pesquisados, 3 se destacaram no crescimento:
- A categoria de outros serviços foi a que obteve o maior reajuste médio, com 7,61%. O posto de açougueiro liderou os aumentos do grupo.

- O grupo de ocupações da produção ficou com reajuste médio de 7,5%, tendo como primeiro lugar o cargo de fresador de ferramentaria meio-oficial.

- Os funcionários de caixa tiveram o melhor rendimento do grupo de administração, vendas e finanças, cujo aumento médio foi de 7,41%.

Menores variações:
- Já as menores variações médias ficaram para os grupos ligados a uma maior qualificação profissional. A categoria de diretores e gerentes contabilizou 6,64% de crescimento médio. A função de diretor industrial, líder no grupo, amargou 4,07% de aumento, abaixo da inflação.

- Em penúltimo lugar ficou o grupo de ocupações de nível superior, com 6,77%, cujo pior resultado foi o cargo de engenheiro eletrônico, com 4,36%.

Estudo mostra influência das cores Vermelho e Azul sobre as pessoas

Se um novo estudo servir como base, a cor vermelha pode fazer com que as pessoas sejam mais eficientes e o azul as tornam mais criativas.

No estudo, publicado no website do jornal Science, pesquisadores da Universidade de British Columbia conduziram testes com 600 pessoas para determinar se a performance cognitiva varia quando a pessoa é exposta ao vermelho ou azul. Os participantes realizaram tarefas com palavras ou imagens colocadas contra vermelho, azul ou uma cor neutra em telas de computador.

Grupos vermelhos se saíram melhor em testes de memória e atenção a detalhes, como para lembrar de palavras ou verificar a ortografia e pontuação. Grupos azuis se saíram melhor em testes que exigiam imaginação, como inventar usos criativos para um tijolo ou criar brinquedos a partir de formas.

"Se quer melhorar a memória como na habilidade de correção, então a cor vermelha deve ser usada", disse Juliet Zhu, professora assistente de marketing na escola de negócios da Universidade de British Columbia, que conduziu o estudo com Ravi Mehta, um estudante de doutorado. Mas para "a sessão de brainstorming para um novo produto ou para inventar soluções para combater a obesidade infantil ou o fumo entre adolescentes", afirmou Zhu, "então você tem que colocar as pessoas em um quarto azul".

Os especialistas dizem que as cores influenciam a performance cognitiva por causa do humor que geram.

Muitas pessoas ligam o vermelho a situações problemáticas, como emergências ou correções em provas, afirmam os especialistas. Tais "associações ao vermelho (pare, fogo, alarme) podem ativar o sistema de alerta da pessoa e influenciar na forma como ela pensa ou faz algo", disse John A. Bargh, professor de psicologia da Universidade de Yale. "O azul parece ter um efeito mais fraco do que o vermelho, céu azul, água azul são calmos e positivos".

Ainda assim, prevenidos por Norbert Schwarz, professor de psicologia da Universidade de Michigan, o efeito das cores pode ser inconfiável ou inconsequente. "Em alguns contextos o vermelho é uma coisa perigosa e em outros é algo bom", ele disse. "Se você está atravessando um rio congelado, o azul é que representa perigo".

Também pode importar se a cor domina a visão da pessoa, como em uma tela de computador, ou se é apenas parte do que ela vê. Elliot disse isso no estudo publicado no Science, o brilho ou a intensidade da cor (não apenas a cor) podem ter um efeito sobre os resultados.

Seguro-Desemprego agora é de até R$870,01

O Diário Oficial publicou o reajuste do seguro-desemprego nesta segunda-feira, tendo o percentual de reajuste de 12,048% e o valor médio do benefício de R$ 564,40.

De acordo com a Resolução n.º 587, cada faixa salarial terá um valor básico diferenciado.

As faixas são para trabalhadores com salário até R$ 767,60, para média salarial entre R$ R$ 767,61 e R$ 1.279,46, e para salários acima de R$ 1.279,46.

O valor mínimo da parcela do benefício corresponde ao novo salário mínimo, de R$ 465,00 e o máximo é de R$ 870,01.

Carlos Lupi também anunciou na última sexta-feira, aumentos do seguro-desemprego e do abono salarial. O valor médio do seguro passa de R$ 564, 40 para R$ 632,40. Já o do abono, será o mesmo valor do salário mínimo, R$ 465. O Ministro aposta que os reajustes dos dois benefícios também poderão contribuir para aquecimento do mercado.

Carros de Difícil Revenda

A Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp) tem uma medida de quais automóveis são campeões de baixa procura. A pesquisa foi feita por amostragem levando em conta as 10.500 Revendas Independentes no Estado de São Paulo e o tamanho da frota circulante em 2008.

Os carros importados ocupam o topo da lista, depois deles, estão o Marea, da Fiat, os carros da marca Ford, os carros franceses e o Tempra, também da Fiat.

Os veículos que saíram de linha vêm logo a seguir. Depois deles, o Ford Fiesta, o Gol 1.0 16V, da Volswagen, os carros da marca Peugeot e o Renault Scenic completam o ranking dos menos procurados.

E como o tempo em que o carro fica parado em uma loja de usados não está ligado diretamente a preços ou qualidade, mas também ao custo da manutenção. A Oficina Brasil é uma publicação voltada ao setor de reparação, que mede, anualmente, o Índice de Recomendação das Oficinas.

Importados: O importado é um "abacaxi" quando apresenta uma engenharia muito complexa somada ao difícil acesso a peças e a informações técnicas, falou Cássio Hervé, diretor do Oficina Brasil.

Fora de linha: Embora as montadoras sejam obrigadas por lei a manter as peças por, pelo menos, dez anos depois que o veículo sai de linha, nem sempre isso é respeitado, falou Hervé.

Carros descontinuados:
- A Fiat tem dois de seus modelos em baixa: o Tempra, fabricado até 1998, e o Marea, produzido até o ano passado. O primeiro tem, segundo os mecânicos, motor avançado, mas de difícil reparo. Já o Tempra, que inovou com o primeiro motor 16V, sofre com problemas de suspensão causados pela fragilidade do projeto, de acordo com os reparadores.

- A Ford: o Fiesta é o único que aparece na lista da Assovesp. Segundo os mecânicos, a explicação se deve à dificuldade de mexer no motor Endura, que foi substituído pelo Zetec Rocam, em 1999. Isso porque, segundo eles, o primeiro motor exigia retífica com pouco tempo de uso.

- Carros franceses: O Renault Scènic, por exemplo, aparece na lista da Assovesp e é criticado pelos mecânicos por causa da suspensão e da fixação do motor.

* Na contramão, alguns usados são tão concorridos que, antes mesmo de estacionar, já estão vendidos. Segundo a Assovesp, exemplo disso são os Chevrolet Captiva e Corsa e o Volkswagen Gol 1.0 8V, desde que não sejam brancos (cor comum nos táxis e em veículos de frota).