sexta-feira, 30 de julho de 2010

EUA liberam em humanos teste com células-tronco embrionárias

A FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, similar à Anvisa) liberou nesta sexta-feira (30) o primeiro teste no mundo em seres humanos de um tratamento médico derivado de células-tronco embrionárias.

Agora, a empresa Geron Corp. (Gern) poderá seguir em frente com seu teste preliminar, interrompido há cerca de um ano, em agosto de 2009.

Células-tronco embrionárias são consideradas as mais versáteis de todas, obtidas de embriões com poucos dias de vida --elas podem se transformar em qualquer tipo de célula no corpo.

A companhia de Menlo Park, Califórnia, inicialmente lançou sua experiência, que teria o potencial de curar lesões na medula espinhal, no início de 2009. Mas ele foi paralisado sete meses depois, quando preocupações sobre a segurança foram levantadas por conta de um teste utilizando camundongos. De acordo com a Geron, os animais haviam desenvolvido cistos espinhais.

A Geron diz agora que encontrou uma nova forma de testar sua terapia e que não viu cistos em um estudo separado com animais --diferente do que impulsionou a paralisação da FDA no ano passado.

PACIENTES

A Geron pode começar a recrutar pacientes com lesões na medula espinhal em cerca de um mês, disse Thomas Okama, presidente da empresa, à Bloomberg. Entre oito e dez pacientes devem ser inscritos para o experimento, em diferentes locais do país.

De acordo com o divulgado, a Geron espera começar os testes em humanos com sua terapia, chamada GRNOPC1, até o fim do ano. Os testes devem durar cerca de dois anos, e cada paciente deve ser estudado por um ano.

Esses testes clínicos preliminares são focados na segurança da terapia, mas a Geron também espera medir sua eficácia com isso. Um teste bem sucedido conduziria a estudos maiores e mais longos, com foco na eficácia da tratamento. De todo modo, a empresa diz que planeja continuar a monitorar pacientes por mais 15 anos, por segurança.

O anúncio fez as ações da empresa que ajudou a financiar o isolamento das primeiras células-tronco embrionárias da Universidade de Wisconsin, nos anos 90-- subirem 17%.

Fonte: Internet