segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Grupo britânico Pearson compra o SEB - Sistema Educacional Brasileiro.

O Sistema Educacional Brasileiro anunciou nesta quinta-feira, dia 22 de Julho, que acertou uma parceria com a Pearson para venda de seu sistema educacional e outros ativos em uma operação em que mais que dobra o tamanho dos negócios com educação do grupo britânico no país.

A empresa britânica adquire os sistemas de ensino COC, Pueri Domus, Dom Bosco, entre outros, em transação de R$ 613,3 milhões

Dono de marcas como COC e Pueri Domus, o Sistema Educacional Brasileiro (SEB) anunciou no dia 22 de Julho, que acertou uma parceria com o grupo britânico educacional Pearson para a venda de seu sistema educacional e outros ativos. A operação mais que dobra o tamanho dos negócios do grupo britânico no Brasil em educação.

A Pearson também fará uma oferta pública de aquisição das ações do restante dos acionistas do SEB e pagará o mesmo valor ofertado aos controladores, de 22 reais por unit. Além disso, os controladores do SEB farão uma segunda oferta pública de aquisição de ações da holding Nova SEB, oferecendo um preço de 9 reais por unit para fechar o capital da empresa. Com isso, o valor total oferecido aos não controladores será de 31 reais por unit, um ágio de 62,9 por cento sobre o preço registrado em 20 de julho.

Na prática, a Pearson comprará os sistemas de ensino COC, Pueri Domus, Dom Bosco e Name, além de gráfica, operações de logística e o portal educacional Klick Net, e fornecerá tecnologia para as escolas do SEB que operam sob as marcas COC, Pueri Domus e Dom Bosco num contrato de sete anos.

A Pearson divulgou que espera que a divisão de sistemas de educação do SEB gere vendas de cerca de 160 milhões de reais em 2010 e que mantenha rápido crescimento.

O acordo com a Pearson prevê uma reorganização societária do SEB, que será dividida na área de sistemas de ensino adquirida pelo grupo britânico e na área que seguirá com o restante dos ativos que incluem 31 escolas, faculdade, ensino à distância e cursos preparatórios para área jurídica.

Com essa reorganização societária, a Pearson vai adquirir a totalidade do capital social de uma holding que terá 88,81 por cento do capital votante e 63,69 por cento do capital total da SEB. A Pearson também terá uma participação direta no grupo de 5,35 por cento do capital social.

A Pearson estima que o mercado de material educacional do Brasil seja avaliado em US$ 2 bilhões.
A expectativa é que o fechamento da operação ocorra em até 60 dias.

Fonte: Reuters e Revista Educação

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Governo Brasileiro quer internet de 100 Mbps até 2022.

O governo federal quer que até 2022 a internet no país tenha velocidade de 100 Mbps (megabits por segundo) em 80% dos domicílios do país.

A meta foi apresentada pelo Luiz Alfredo Salomão, assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, durante o Telebrasil, evento que reúne operadoras fixas e móveis.

Segundo ele, a secretaria quer que o presidente Lula encaminhe essa proposta ao Congresso para que ele seja transformado em projeto de lei, uma forma de garantir que o próximo presidente o coloque em prática.

Salomão afirma que essa proposta não tem a ver com o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), cujas metas são de curto prazo (até 2014). "Estamos definindo um objetivo de longo prazo", disse.

O PNBL define que, em quatro anos, 75% dos domicílios terão acesso à internet em banda larga com velocidade de até 512 kbps (kilobits por segundo).

Salomão concorda que será preciso definir novas redes para a oferta de internet a 100 Mbps. "O Japão realizou investimentos para a troca dos cabos de cobre por fibras ópticas e hoje é o país que oferece as maiores velocidades de navegação na internet", disse. "Podemos fazer a mesma coisa no Brasil."

Fonte: Folha

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Hacker faz caixas eletrônicos "cuspirem" dinheiro remotamente.

Equipamentos também podem ser abertos com chaves comuns.
Especialista demonstrou as vulnerabilidades em Las Vegas, na Black Hat.

Na tela do especialista em segurança Barnaby Jack há um botão rotulado “Jackpot!”. Ele clica e, imediatamente, um caixa eletrônico fabricado pela Tranax Technologies entrega o dinheiro que contém. Isso aconteceu durante a demonstração de Jack, que trabalha na empresa de segurança IOActive, na conferência de segurança Black Hat, que ocorreu entre os dias 24 e 27 de julho em Las Vegas, nos Estados Unidos.

O pesquisador também demonstrou um problema em caixas da Triton Systems. Ele conseguiu acessar as partes internas do equipamento usando uma chave padrão que pode ser facilmente comprada. Com isso, foi possível conectar um dispositivo USB e instalar um software malicioso no caixa eletrônico, capaz de roubar dados de cartões, senhas, e, claro, roubar o dinheiro.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que desconhece a existência de caixas eletrônicas dessas marcas no mercado brasileiro.

"Dillinger"
Apesar de nenhum detalhe técnico ter sido publicado, a demonstração de Jack foi cancelada na conferência Black Hat do ano passado porque as brechas ainda não haviam sido corrigidas. Para realizar os ataques, o especialista criou um programa chamado Dillinger – nomeado em homenagem ao famoso ladrão de bancos dos Estados Unidos da década de 30.

Jack também colocou adesivos sobre as marcas dos caixas eletrônicos com o intuito de não revelar os fabricantes. Mas a audiência conseguiu facilmente identificar a marca da Tranax piscando na tela. A Triton revelou que era a fabricante do outro equipamento.

Segundo o especialista, um criminoso pode ser capaz de discar números de telefone aleatoriamente – uma prática conhecida como “war dialing” – para encontrar caixas eletrônicos, bem como varrer os IPs da internet. Ele disse que os caixas eletrônicos “atendem” as chamadas e as solicitações da rede de uma maneira específica, permitindo que hackers identifiquem um equipamento vulnerável. Embora apenas duas fabricantes tenham sido envolvidas na demonstração, Jack informou que não é difícil encontrar outras falhas semelhantes.

"O simples fato é que as empresas que fabricam esses equipamentos não são a Microsoft. Elas não têm 10 anos de ataques contínuos contra elas", disse o pesquisador de segurança para a audiência de sua apresentação.

No início do ano passado, um vírus foi encontrado em caixas eletrônicos da Diebold, que é líder no mercado nacional. A praga tentava interferir com transferências bancárias americanas, ucranianas e russas.

Não há registro desses ataques no Brasil. Aqui, criminosos usam um dispositivo chamado Robocop para tentar transmitir os dados roubados via rede sem fio.

Fonte: G1