domingo, 21 de junho de 2009

UE questiona Microsoft por vender novo Windows sem Explorer

Gigante da informática anunciou que usuários europeus terão de instalar seu próprio navegador.

BRUXELAS - A Comissão Europeia (CE, órgão executivo da União Europeia) se mostrou cética diante do anúncio da Microsoft de que venderá na Europa a nova versão de seu sistema operacional Windows sem o navegador Internet Explorer, ao considerar que isto poderia prejudicar os consumidores.

A gigante da informática anunciou nesta quinta-feira que os usuários europeus do Windows 7, que em outubro substituirá o Vista, terão de instalar eles mesmos um navegador, um movimento com o qual a empresa americana pretende satisfazer as exigências da UE em matéria de concorrência.

No entanto, Bruxelas não se mostrou totalmente satisfeita com a decisão da empresa e considera que, embora a venda do Windows sem o Explorer possa trazer lucro para os fabricantes de computadores, não será boa para os usuários.

Em comunicado divulgado na quinta-feira à noite, o executivo comunitário lembrou que tinha sugerido à Microsoft que oferecesse vários navegadores alternativos em seus sistemas operacionais.

"Em vez disso, a Microsoft aparentemente decidiu oferecer aos consumidores uma versão do Windows sem nenhum navegador. Em vez de mais oferta, a Microsoft parece ter decidido oferecer menos", assinalou a CE.

Em seu comunicado, o organismo lembra que "em breve" tomará uma decisão sobre a investigação que abriu sobre a possibilidade de a Microsoft ter abusado de sua posição dominante ao integrar desde 1996 o Internet Explorer em seus sistemas operacionais, os mais usados no mundo.

As autoridades europeias acreditam que essa prática poderia dar uma vantagem desleal ao Explorer em relação a seus concorrentes e, por isso, tinham recomendado à Microsoft que fornecesse navegadores alternativos no Windows.

Bruxelas mantém há anos uma dura batalha com a gigante americana, que foi multada pela UE em 1,676 bilhão de euros por não respeitar as regras da concorrência.

Fonte: Estadão

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